Por muito
tempo escutava esta frase e muito parecia coisa de revolucionário ou de paixão
não correspondida, mas hoje pude saber exatamente o que é isto.
Com um pouco
mais de uma semana e muitos novos conceitos, continuo a estabelecer os contatos
e assumir a função que é de meu antecessor, Cap Carlos Souza. São muitas
frentes de trabalho e muitas pessoas para esquentar os contatos.
Na terça
feira passada, no final do dia sentamos em uma padaria da cidade na rotunda* do
Império em Guiné Bissau e fomos tomar café com um policial que trabalha em uma
das ilhas da Guiné Bissau, foi uma grande aula de força de vontade.
O Cabo
Armando o é uma pessoa excepcional um homem forte e mão firme, que lutou na
ultima guerra em Bissau, sofreu a dor do lado que perdeu, mas sempre se manteve
sorrindo, o Cap Carlos já tinha contato com o Armando há alguns meses e já
tinha ido na ilha a qual ele é a autoridade e pode confirmar e também me contar
várias histórias como a do Hipopótamo que vive na ilha.
O cabo Amaro
é o único policial na sua ilha Orango e responsável por mais 4 ilhas ao redor,
o mesmo faz o atendimento de todas as ocorrências e juntos com os mais velhos
de cada vila decide sobre os pequenos delitos e as medida corretivas de cada
pessoa que saia da linha. Conforme ele disse existem vários meses sem nenhuma
ocorrência no local, onde o mesmo controla de uma forma espetacular, pois não
possui veículo e mesmo assim caminha dezenas de km para atender uma simples
ocorrência. A ilha onde ele vive não é servida de barco publico e o mesmo vive
do que planta e das dezenas de dólares que recebe.
A situação
para nós, logo de inicio nos comove e nos traz a mente o que poderia fazer para
ajuda-lo diretamente, mas temos que lembra que estamos aqui representando
centenas de países temos que pensar como se pode mudar a situação de forma
geral atingindo o maior número de pessoas.
Confesso que
com a história dele, deu vontade de sacar a carteira e diminuir o sofrimento de
uma pessoa abnegada como ele, que vive em lugar onde outros policiais não vão e
não querem, subsistem com o que conseguem da natureza e suas lavouras e ainda
tem um brilho de dizer sou policial.
Detalhe ele
ainda está treinando um auxiliar que não recebe nada e está aguardando a
próxima incorporação para se tornar policial e poder se tornar um policial
oficialmente.
Hoje me
endureci, mas espero não perder a ternura, pois o trabalho é grande e árduo
existem dezenas, qui Sá, centenas de Armando por Bissau e pelo mundo aguardando
uma ajuda.
Vamos
trabalhar e melhorar o mundo com nosso suor.
* Rotunda – intercessão rotatória, balão, queijinho (minas gerais)
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